Os efeitos da ansiedade na memória
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Preocupação excessiva com o futuro, batimentos cardíacos acelerados, pensamentos negativos, sensação de que tudo vai dar errado… Costuma sentir isso?

Estes são alguns dos vários sintomas da ansiedade, uma reação do nosso corpo a situações que nos causam preocupação, medo ou angústia.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil tem a população mais ansiosa do mundo.

Para se ter uma ideia, aproximadamente 9,3% dos brasileiros sofrem de ansiedade patológica. Em seguida, aparece o Paraguai (7,6%), Noruega (7,4%), Nova Zelândia (7,3%) e Austrália (7%).

O que muita gente não sabe é que, além dos efeitos físicos e psicológicos, a ansiedade também pode ser prejudicial à memória. Vamos saber mais sobre isso? Confira este artigo sobre os efeitos da ansiedade na memória!

O que é a ansiedade?

Como já citado anteriormente, a ansiedade é uma condição caracterizada pela preocupação excessiva e constante de que algo que acontecerá, mesmo quando não existem indícios para isso.

Pessoas com ansiedade podem chegar ao ápice da preocupação, desenvolvendo crises, situações de grande angústia, nervosismo e insegurança, como se algo de muito mau fosse acontecer naquele momento.

Diante desses eventos, o indivíduo pode sentir o batimento cardíaco mais acelerado, dor no peito, suor excessivo, tremores e sensação de falta de ar.

A ansiedade é uma reação temporária e normal do corpo a situações importantes, como uma tomada de decisão, uma entrevista de emprego, uma apresentação em público, enfim… Porém, quando muito constante, passa a tornar-se um problema de saúde, caracterizando-se como um transtorno de ansiedade generalizada.

O transtorno da ansiedade generalizada pode afetar pessoas de todas as idades. O distúrbio, caracterizado pela preocupação excessiva, é persistente e pode perdurar por, no mínimo, seis meses.

Potencialização da ansiedade com a pandemia e as tecnologias

Em 2020, o mundo passou a enfrentar um grande, assustador e temeroso desafio: a pandemia da Covid-19.

Além da própria doença e dos sintomas, o futuro se apresentava mais imprevisível; a necessidade de adaptação à nova condição; o isolamento social e notícias de fatalidades fez com que muitas pessoas desenvolvessem ou acentuassem a ansiedade.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, apenas no primeiro ano da pandemia, a prevalência global de ansiedade e depressão subiu 25%. Entre as principais razões, além das citadas, estavam: a solidão, o medo de contrair o vírus, luto pelos entes queridos e, também, as preocupações financeiras, já que, com o lockdown, muitas pessoas tiveram de parar os seus serviços.

O estudo feito pela OMS demonstrou, ainda, que os mais jovens foram os mais afetados com a ansiedade. Eles também tiveram um maior risco de comportamentos autodestrutivos ou suicidas, por exemplo.

O uso acentuado das tecnologias foi um dos fatores agravantes para a ansiedade em jovens. De fato, ela permitiu encurtar distâncias diante de um mundo em isolamento, mas também teve um efeito negativo na saúde mental de muitas pessoas.

Como a tecnologia nos permite estar sempre conectados, muitos indivíduos, durante a pandemia, tiveram uma sobrecarga de informações (muitas delas, más). Mesmo com a opção de desligar os aparelhos, algumas pessoas tinham medo de perder algo importante e ficar desconectadas do mundo.

Essa constante pressão para estar sempre atualizado diante de uma situação, até então, desconhecida, levou a sentimentos de ansiedade e, consequentemente, a uma exaustão mental, com consequências até hoje, após declarado, pela OMS, o fim da pandemia.

Sintomas da ansiedade

Como já citado ao longo deste artigo, a ansiedade manifesta-se como uma combinação de sintomas mentais e físicos.

Dentre os mentais, podemos citar:

  • Medo;
  • Preocupação excessiva;
  • Irritabilidade;
  • Desânimo;
  • Angústia;
  • Insônia;
  • Dificuldade em relaxar;
  • Cansaço frequente.

Dentre os físicos, eles podem se manifestar das seguintes formas:

  • Palpitações;
  • Tremores;
  • Suor frio;
  • Tensão muscular;
  • Sensação de pressão ou aperto no peito;
  • Falta de ar;
  • Respiração ofegante;
  • Dificuldade de engolir (“bolo na garganta”).

Além dos sintomas mencionados, uma consequência pouco citada é a de que a ansiedade também pode ser prejudicial à memória. Saiba mais sobre essa relação no próximo tópico.

Efeitos da ansiedade na memória

Já se levantou para procurar algo e se esqueceu do que era? Estava numa conversa e repetiu ou se esqueceu do que precisava dizer? Muita gente não sabe, mas isso pode estar relacionado com a ansiedade.

Você deve estar se perguntando de que forma, não é mesmo?! Então, vamos explicar.

Quando exposto a situações de stress, de pressão, medo ou angústia, nosso cérebro não consegue responder a todos os estímulos necessários. Dessa forma, como já existem outras preocupações na nossa mente, acabamos por nos esquecer das coisas.

É por isso que quem apresenta transtorno de ansiedade, especialmente num alto nível, pode notar problemas de memória e atenção.

Outra informação que devemos considerar é que o nosso cérebro é dividido em partes. Uma delas é o hipocampo, o principal local de armazenamento temporário da memória.

Se o impacto da ansiedade sobre cérebro for muito grande e frequente, essa estrutura acaba sofrendo bastante. Assim, o seu tamanho é reduzido e, dessa forma, sofreremos os efeitos da ansiedade na memória.

Assim, a falta de concentração ou atenção, que resulta em esquecimentos, pode, sim, estar relacionada à ansiedade.

O que fazer para evitar o impacto da ansiedade na memória?

O primeiro passo para evitar que os efeitos da ansiedade atinjam a memória é controlar a ansiedade. Mas, como?

Não tentar reconfortar o outro dizendo frases como “Calma, vai dar tudo certo”; “Não precisa ficar assim“. O ansioso não escolhe ser ansioso!

Se o nosso cérebro acredita que existe um perigo, o nosso raciocínio é de pouca utilidade. Portanto, o ideal é convencê-lo de que não existe nenhum problema. Assim:

  • Convença o seu corpo de que não há nenhuma ameaça: para isso, relaxe, respire fundo, faça pequenas pausas no seu dia a dia para que o cérebro também sinta a sensação de relaxamento;
  • Inclua hábitos na sua rotina que lhe façam bem: muitas vezes, uma simples mudança pode mudar tudo. Saia com os amigos, faça uma caminhada, vá ao cinema, conheça pessoas novas e descubra o que gosta de fazer;
  • Referencie a sua ansiedade: entenda o que a causa, os gatilhos que a fazem desenvolver.

Por último e não menos importante, conte com a ajuda de um profissional.

Ninguém está livre de ansiedade, mas não precisa de viver sempre com medo, angustiado, tenso e suportar as consequências que interferem na sua qualidade de vida.

O recomendado é procurar um psiquiatra e um terapeuta especializado para que a sua vida não seja afetada. Assim, eles, poderão ajudá-lo a entender a situação e controlar de uma maneira saudável e tranquila.

Conte com a Magnus para a sua saúde!

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